A escolha de um oligonucleotídeo é crucial, mas a forma como ele é armazenado no laboratório é igualmente importante para garantir a precisão e a validade dos seus experimentos. Afinal, qual é a vida útil real de um oligonucleotídeo? A resposta é: depende, e o segredo está no seu protocolo de conservação.
Fatores que influenciam a estabilidade do oligonucleotídeo
A longevidade dos oligonucleotídeos é afetada por fatores interconectados que o pesquisador deve monitorar constantemente.
O estado físico do oligo — se está seco ou ressuspendido em solução — é o ponto de partida. Além disso, a escolha do solvente utilizado para fazer a ressuspensão do oligo e o protocolo de armazenamento adotado são determinantes para a estabilidade final da amostra.
Protocolo de ressuspensão
Os oligonucleotídeos são entregues secos, por ser uma forma altamente estável e segura para ser transportada. Porém, a estabilidade do oligo é comprometida quando ele é ressuspendido, pois o meio aquoso aumenta sua suscetibilidade à degradação. Realizar este protocolo corretamente é, portanto, o primeiro passo essencial para estender a vida útil do oligo.
Ressuspender oligonucleotídeos em água não é recomendado, pois aumenta o risco de contaminação acidental no laboratório e não oferece proteção eficaz contra a degradação por enzimas. A água pode conter traços de DNAses (enzimas que clivam o DNA) que comprometem a integridade do DNA, além de não proporcionar o ambiente de pH ideal para a estabilidade.
Por essa razão, para garantir a máxima estabilidade, é recomendável ressuspender a amostra no Tampão TE (10 mM Tris, 0.1 mM EDTA, pH 8.0). O tampão TE oferece proteção eficaz contra a degradação, preservando a funcionalidade do oligo e assegurando a estabilidade do pH.
É crucial que o EDTA seja utilizado na baixa concentração de 0.1 mM (e não 1 mM). Concentrações mais altas de EDTA podem inibir a PCR, pois o EDTA atua como um agente quelante. Esta fórmula protege o oligo sem inibir o ensaio, mantendo a estabilidade e funcionalidade.
Como armazenar o seu oligo
Após a correta ressuspensão em TE, é fundamental seguir rigorosamente as diretrizes de armazenamento para maximizar a longevidade.
Para o oligo ressuspendido, a temperatura ideal de conservação é de −20°C. Contudo, o maior risco é o ciclo de congelamento e descongelamento repetido. Esses ciclos devem ser estritamente evitados, pois comprometem a funcionalidade. Por essa razão, a melhor prática é realizar o preparo de alíquotas (pequenas porções de trabalho) do estoque principal e congelá-las separadamente, garantindo que apenas a quantidade necessária seja descongelada por vez.
A validade dos oligos na Exxtend
Na Exxtend, oferecemos uma garantia comercial de 1 ano para o produto.
No entanto, a validade prática vai muito além da nossa garantia: temos clientes que utilizam oligos com mais de 5 anos de fabricação, mantendo-os estáveis e funcionais graças à aplicação rigorosa dos protocolos de armazenamento que recomendamos. Por isso, mesmo que o seu oligo tenha passado de um ano, não descarte seu material antes de confirmar a funcionalidade.
A validade de um oligo é uma função direta da correta conservação. A adoção de protocolos rigorosos — como a ressuspensão no Tampão TE e o armazenamento em alíquotas a −20 °C — é essencial. Invista no protocolo de armazenamento correto para garantir a longevidade de seus insumos e o sucesso de sua pesquisa.




